2 de janeiro de 2012

a chuva da sorte

e assim, como se nada tivesse acontecido conosco, nós trocamos novamente o primeiro olhar, as primeiras palavras, o primeiro abraço, o único beijo que devíamos ter dado a vida toda. porque, quando você se foi naquela noite, a chuva me embalou como se fosse uma canção de ninar, e pegando cada pedacinho do meu coração partido, o colou, me fazendo relembrar o quanto eu sentia sua falta, e o quanto eu me importava com você, e com nós. é claro, o primeiro sorvete que tomamos juntos, eu me lembro bem do sabor, como se há alguns segundos eu tivesse acabado de tomá-lo pela primeira vez, e nossa primeira vez juntos em uma viagem? como poderia esquecer, estava frio e um tempo muito fechado, mas você me acolheu com seus braços protetores e me disse com uma doçura incomparável, que estaria ali sempre para me acolher. agora a mesma chuva que me embalou, me desperta deste sonho aconchegante, cada trovão lá fora me faz lembrar de uma parte nossa, uma parte sua. e assim nessa chuva eu fico a lembrar de tudo o que vivemos durante todo este tempo, porque isso é sobre você, e sobre mim, é sobre nós. e eu não quero perder nenhuma parte do que guardei com tanto amor, em cada pedaço do meu coração, aquele mesmo coração que se partiu, quando você me deixou pela primeira e unica vez. mas hoje, só posso olhar para trás e lembrar com gratidão de tudo o que vivemos e revivemos, afinal esse tempo, essa pequena máquina do tempo que temos dentro de nós, é só mais uma pequena forma de demonstrarmos o quanto estamos entregues um ao outro. e por fim, você me embala novamente em seus braços, como da primeira vez que me apaixonei por você.

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